quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Pois será!




Será que eu estou fazendo do jeito certo?
Só sei dizer que estou numa miscelânea de medo e expectativas. Algumas coisas vão mudar, outras vão morrer. Outras vão morrer com toda certeza, ainda bem que lembrei disso agora!

Que assim seja!

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"Por que você está assustada?" Foi o que um refrão num inglês britânico me perguntou. E eu não sei, não sei responder.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cansa.




"Eu sou um cara cansado de correr na direção contrária, sem pódio de chegada ou beijo de namorada (...)" - Cazuza.

Sim, eu ando cansada. Não tenho mais inspirações para escrever, devo estar travando como acontece ciclicamente.
Vejo-me fazendo as coisas, esforçando-me, mas às vezes é inútil, às vezes só sinto minha cabeça doer, a ponto de qualquer ruído de embalagem metálica colocá-la em contagem regressiva para explodir.
Tantas vezes necessito me ver sangrar, arrepentada no chão, na sargeta, só pra ver o que há de vivo em mim, só pra ver o que pulsa dentro do meu coração me escorrendo pelas mãos. Outras tantas vezes necessito disso: "correr na direção contrária", só pra obter uma sensação efêmera de que algo está sendo feito para que eu me salve, me salve de mim e disso tudo.
Eu somo, subtraio, divido, multiplico... Mas às vezes esqueço de ver o resultado, esqueço de apertar a tecla que me mostra o resultado após o cálculo.

Ando cansada.
Deve ser os vestibulares, essa vontade inexorável de sumir desse lugar e abandonar essa vida. E mais um monte de coisas.

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É, tô falando de mim, tô escrevendo em primeiro pessoa do singular mesmo. E além de tudo, usei as abreviações "pra" e "tô" por puro relaxo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Lancinante.



Era possível enxergar apenas um verde escuro ao redor, um azul profundamente negro acima daqueles seres e um poste emitindo uma luz enevoada que estava mirando aquela claridade para dentro deles. Irônico essa luz querer iluminar algo tão profundo, desconhecido e cegamente selvagem pela ausência de claridade, ali dentro tudo se guiava por um instinto inexorável e bruto. Lá dentro não há amarras nem chicotes moralizadores, castradores... Nada pendia ao comodismo naquele profundo.

Havia uma eletricidade passando por aqueles corpos, havia um perfume de coito saindo por cada poro e havia qualquer coisa inomeável que fazia algo arder em chamas entre aquelas pernas, entre aqueles movimentos de pernas e braços, de línguas e dentes. Era fato que lá fora havia um despencar incessante de água enregelante, mas aquele gelo nada fazia a não ser provocar o calor daquelas chamas fazendo com que ardessem mais incontroláveis e intensamente, rumo ao profundo, àquela fenda.

Possível era sentir o ar lascivo a pender, invadindo o ambiente, logo acima daqueles corpos vulneráveis à procura do escuro inexorável... À procura da agonia extrema que conduziria àquela luz cegante, àquela satisfação lancinante.