quinta-feira, 1 de março de 2012

Amor.


Eu estou percorrendo a minha estrada e, paralelamente, vejo outras incontáveis pessoas percorrendo suas incontáveis estradas, estradas essas que são, tantas vezes, paralelas à minha. E eu observo, analiso, poetiso, fantasio, aquelas realidades... Creio entender um pouco dessas pessoas ao remeter as histórias delas, as estradas delas, às minhas. Creio entender...
O que vejo é que em cada ato, em cada caminhar, em cada maquiagem nos rostos, em cada noite passada em claro, em cada futilidade dedica a uma noite, em cada pingo de chuva que cai sobre minha cabeça - e sobre sua, conclui, pressenti, entendi que todos nós estamos atrás de uma única coisa, de uma única recompensa, de uma única alegria; atrás de cada olhar dedicado deixado em alguma esquina ou para alguém no travesseiro ao lado do seu, há o amor, a busca incessante pelo amor. O amor correspondido, o amor sofrido, o amor volúvel, o amor exacerbado, o amor pleno.
Reconheço que entre essas tentativas, entre essas estradas e olhares há as frustrações, as dores... Mas, honestamente, desconheço alguém que não carregue consigo uma vontade, escusa que seja, por amar, por amar loucamente, profundamente, intensamente, permanentemente; de ser amado calorosamente, penetrantemente, incessantemente, incansavelmente.
Eu, sinceramente - e esperançosamente com a emoção da razão, desconheço alguém que não é movido pelo amor, pela vontade do amor. E isso, isso me engrandece, essa certeza me mantém firme, me mantém em movimento.

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Dedico aos meus amores, a todos os meus amores.